A produção de veículos no Brasil alcançou 2,01 milhões de exemplares ao longo de 2019, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Mas o momento não é de tanta celebração. Afinal, o volume representa apenas 2% de avanço sobre o mesmo período do ano passado. O motivo, segundo a entidade, é a queda acentuada nas exportações, causada pela crise econômica da Argentina. Com o panorama, a perspectiva de crescimento do ano foi revista.
Em agosto, as fábricas brasileiras produziram 269,8 mil veículos, 1,1% a mais que em julho e 7,3% abaixo do mesmo mês de 2018. Por segmentos, os resultados tampouco foram expressivos, com alta de 1,2% nos automóveis e 1% nos ônibus e retração de 1,7% nos caminhões e 0,2% nos comerciais leves. Nesse cenário, a Anfavea já admite que dificilmente o crescimento de 9% previsto para 2019 seja alcançado, sem atingir as 3,14 milhões de unidades.
Como dito, o mercado interno segue crescendo no ritmo esperado 9,9% de alta no acumulado de 2019. Porém, as exportações decaíram acentuadamente. De janeiro a agosto, 300,9 mil veículos foram despachados a mercados estrangeiros, o que representa uma queda de 37,9%. Principal parceiro comercial tupiniquim, a Argentina diminui as compras das fábricas brasileiras em 53% nesse ano, demandando 161 mil unidades. Segundo colocado nesse quesito, o México avançou 43,2% no período, mas somando 44,4 mil exemplares.
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